Instruções do Exame

HCV GENOTIPAGEM

Instruções para paciente

O vírus da Hepatite C (HCV) é o principal agente etiológico das hepatites crônicas. Sua transmissão ocorre, preferencialmente, por via parenteral, entretanto, em um percentual significativo de casos não é possível fazer a identificação da via de infecção.
A hepatite C aguda apresenta evolução subclínica, com cerca de 80% de casos assintomáticos e anictéricos, dificultando o diagnóstico. A cronificação da doença ocorre em cerca de 70 - 85% dos casos, sendo que cerca de um terço a um quarto dos casos crônicos evoluem para cirrose em 20 anos. Grande parte dos pacientes infectados apresentam-se assintomáticos até a manifestação dos sintomas e sinais de cirrose. A RNA polimerase dependente de RNA do HCV não possui atividade revisora; por isso, os isolados do HCV possuem grande variabilidade genética, podendo ser classificados em genótipos e subtipos.
Existem sete genótipos principais, que possuem uma variabilidade de 30% a 35% entre si e são nomeados por números de 1 a 7. Além disso, cada genótipo pode ser subdividido em subtipos quando as diferenças dentro do mesmo genótipo oscilam entre 70 e 80%. Esses subtipos são identificados por letras de acordo com a ordem de descobrimento.
Antes do desenvolvimento de drogas terapêuticas com eficácia de tratamento para diferentes genótipos, a determinação do genótipo do HCV era fundamental para indicação de esquema terapêutico adequado. O teste detecta os seguintes genótipos do HCV: 1a, 1b, 2, 3, 4, 5 e 6. Além disso, permite a detecção de coinfecção com dois tipos virais diferentes na mesma amostra. Portadores do genótipo 1, principalmente 1b, apresentam doença mais grave e pior resposta ao tratamento com interferon. Por esse motivo, mantém-se a classificação em subtipos para o genótipo 1.
A subclassificação dos demais genótipos (2 a 6) é irrelevante sob o ponto de vista clínico-evolutivo e terapêutico, motivo pelo qual não é reportada pelo teste. Amostras com quantidades inferiores à sensibilidade mínima do teste podem não apresentar partículas virais suficientes para a amplificação, detecção e genotipagem do HCV. Neste caso, o resultado será liberado como "não detectado RNA do HCV"