Instruções do Exame

BORDETELLA PERTUSSIS E PARAPERTUSSIS PCR

Instruções para paciente

A incidência de coqueluche tem aumentado nos últimos anos, particularmente nos países que utilizam a vacina acelular, que parece conferir imunidade menos duradoura para esta doença.
Os testes mais utilizados para o diagnóstico da doença são a cultura em meio específico e a PCR, ambas realizadas com amostra coletada da nasofaringe, sítio preferencial de colonização pelo patógeno no trato respiratório superior. A sorologia é útil para diagnosticar surtos e para esclarecer casos de negatividade da PCR e persistência do quadro clínico.
A cultura em meio específico permite o diagnóstico até a segunda semana após o início dos sintomas e tem sensibilidade de 12% a 60%, mas sua especificidade é de 100%.
A PCR em tempo real é o teste mais sensível. Permite o diagnóstico até a terceira semana após o início dos sintomas, tem sensibilidade de 70% a 99% e especificidade de 86% a 99%.
Em caso de negatividade da PCR, e persistência de sintomas por mais de três semanas, a sorologia com antígeno PT100 e a sorologia pareada, com intervalo de 14 dias entre as coletas, pode confirmar o diagnóstico de coqueluche.
A PCR apresenta resultados positivos mesmo após o início da terapia antimicrobiana. Um estudo em crianças com coqueluche evidenciou que após cinco dias de tratamento a PCR manteve-se positiva em todos os pacientes. Após 14 e 21 dias de tratamento, a PCR manteve-se positiva, respectivamente, em 83% e 66% dos pacientes analisados. Para informações adicionais consultar Bidet et al. Real-Time PCR Measurement of Persistence of Bordetella pertussis DNA in Nasopharyngeal Secretions during Antibiotic Treatment of Young Children with Pertussis
J Clin Microbiol. 2008 Nov; 46(11): 3636-3638.